segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Colômbia e Bélgica: As seleções 8 ou 80 da Copa 2014

Após atuações formidáveis em suas respectivas eliminatórias e se classificarem para a Copa, os Cafateros e os Diables Rouges/Rode Duivels (Colômbia e Bélgica, respectivamente) confirmaram que têm capacidade para serem as grandes sensações, ou acabarão sendo as grandes decepções.


Colômbia de 1994, que calou o Monumental de Núñez. Fonte: http://www.taringa.net/posts/imagenes/14191698/Imagenes-de-Colombia-en-Hd.html


O status de sensação (e, logo após, decepção) não seria novidade no caso da Colômbia. Após atropelar nas eliminatórias para a Copa de 1994, com direto a um 5x0 na Argentina em pleno Monumental de Núñez (fato muito bem relatado pelo Luiz Felipe neste texto), o time acabou lanterna no seu grupo com Romênia, Estados Unidos e Suíça, perdendo dos 2 primeiros e ganhando apenas da última.


Bélgica de 1986, semifinalista na Copa do Mundo, no México. Fonte: http://alineacionesinternacional.blogspot.com.br/2012/08/belgica-1986.html


A Bélgica também teve uma geração que não deve nada a atual. Na Euro de 1980, o time com jogadores notáveis como Pfaff, Gerets e Ceulemans chegou à final e perdeu apenas nos últimos minutos do 2º tempo contra a Alemanha: 2x1. E no assunto Copa, o time voltou a brigar por voos mais altos: Em 1986, agora também com Enzo Scifo, o time foi semifinalista, sendo parado apenas pela futura campeã Argentina, sob a liderança de Maradona: 2x0. Pfaff recebeu o prêmio de melhor goleiro. Em 1990, agora com Preud'homme no gol, o time chegou às oitavas, porém parou na Inglaterra, com gol aos 14 do 2º tempo da prorrogoção: 1x0. E em 1994, o time chegou novamente às oitavas, e novamente foi parado: Alemanha 3x2. Preud'homme recebeu o Prêmio Yashin (primeira vez que o prêmio recebeu este nome, que durou até 2006) de melhor goleiro.

Pois bem, vamos para a atualidade:
 

Colômbia 2013. Fonte: http://www.eldeportivo.com.co/web/futbol/notiInt.php?id_not=ODA4OA%3D%3D


 A Colômbia, treinada por José Pekerman, sinceramente, me deixa um pouco a desejar na defesa. Alguns jogadores conhecidos e até de qualidade, porém também alguns duvidosos. No gol, o bom goleiro David Ospina (OGC Nice-FRA) e o folclórico Faryd Mondragón (Deporitvo Cali-COL). Na zaga, o experiente Mario Yepes (Atalanta-ITA), Cristián Zapata (Milan-ITA), o também folclórico Pablo Armero e Juan Zúñiga (Napoli-ITA). Já o meio e ataque, mostra a expectativa em torno dos colombianos. Nomes como Fredy Guarín (Internazionale-ITA), Juan Cuadrado (Fiorentina-ITA), James Rodríguez, Falcao García (ambos Monaco-FRA), Juan Quintero, Jackson Martínez (ambos Porto-POR) e Dorlán Pabón (Valencia-ESP). Também destaco Carlos Bacca (Sevilla-ESP) e Teófilo Gutiérrez (River Plate-ARG).
 

Bélgica 2013. Fonte: http://www.lanceactivo.com.br/namarcadopenalti/2013/09/11/a-geracao-de-ouro-do-futebol-belga/


Já a Bélgica, treinada por Marc Wilmots (que participou da última e boa Copa da Bélgica, em 2002), me dá ainda mais expectativas por ter nomes de referência em cada setor do campo. No gol, Thibaut Courtois (Atlético de Madrid-ESP, de empréstimo do Chelsea-ING) e Simon Mignolet (Liverpool-ING) vivem fase de ouro debaixo das traves, sobretudo o primeiro, que foi crucial pro Atlético de Madrid vencer a Copa do Rei na última temporada contra o Real Madrid, e ajudou o Atleti à acabar com um tabu de anos sem vencer o Real no Bernabéu. Na zaga, mais um leque de opções: Vincent Kompany (Manchester City-ING), Toby Alderweireld (Atlético de Madrid-ESP, chegando recentemente do Ajax-HOL), Jan Vertonghen (Tottenham-ING) e Thomas Vermaelen (Arsenal-ING). Além de seguros atrás, também são conhecidos por terem uma boa presença na área para fazer gols. No meio, mais uma enxurrada de nomes: Axel Witsel (Zenit-RUS), Kevin De Bruyne, Eden Hazard (ambos Chelsea-ING), Marouane Fellaini (Manchester United-ING, recém-chegado do Everton-ING) e Radja Nainggolan (Cagliari-ITA). No ataque, Kevin Mirallas, Romelu Lukaku (ambos Everton-ING, sendo que o segundo está emprestado pelo Chelsea-ING), Dries Mertens (Napoli-ITA) e Christian Benteke (Aston Villa-ING).

Ainda que certamente atrás de favoritas como Brasil, Argentina, Alemanha e Espanha, não podemos duvidar que estas duas seleções vão deixar sua marca nos gramados brasileiros e em seus países 2014. Resta saber se será uma marca positiva ou negativa.

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